Nesta quinta-feira, um dos grandes nomes do esporte brasileiro disse adeus aos tatames. João Derly, único brasileiro bicampeão mundial
de judô, fez a última luta de sua carreira e escolheu a sua cidade
natal, Porto Alegre (RS), para ser palco de sua despedida. E ele
encerrou com chave de ouro, ao bater o costa-riquenho Murilo Osman em
menos de 30 segundos, por ippon.
As lesões nos
ligamentos e nos menisco dos joelhos certamente foram alguns dos grandes
problemas de João Derly durante seu tempo no esporte.
O judoca de se mostrou muito emocionado após a luta
de despedida. “Vai ser difícil falar nesta noite. Não vem nada à
cabeça. Na hora que eu olhei a saída do tatame, pensei em tudo o que
vivi, os momentos bons”, disse Derly. “Tenho que agradecer, aos meus
pais, aos meus irmãos, a minha esposa, a minha família. A todas as
pessoas que foram importantes na minha vida e, principalmente, a Deus”,
continuou.
O atleta ressaltou que, mesmo após a aposentadoria, ainda vai realizar
muitos projetos: “Acabou a competição, mas ainda tem muito esporte na
minha vida”.
Em 2005, o João Derly recebeu, do Comitê Olímpico
Brasileiro (COB) o Prêmio Brasil Olímpico, destinado ao melhor atleta do
ano, desbancando o velejador Robert Scheidt e Giba, do vôlei.
João
Derly começou a lutar judô aos seis anos de idade, e fecha seu ciclo
nas competições aos 31 anos. Pupilo do técnico Antônio Carlos Pereira, o
Kiko, com o qual treina até os dias atuais, ganhou os mundiais no
Egito, em 2005, e no Rio de Janeiro, em 2007. O gaúcho, que cometia na
categoria meio-leve (até 66kg), também ganhou medalhas de ouro nos Grand
Prix da Áustria (2002), República Tcheca (2002), Polônia (2002), Paris
(2006) e também conquistou a medalha dourada na Copa do Mundo de
Varsóvia (POL), em 2007.
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