A seleção feminina de vôlei, bicampeã olímpica, tem seu futuro em
questão para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Ary Graça Filho,
presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e recém-eleito
presidente da FIVB (Federação Internacional de Vôlei), confirmou que
ainda não sentou para conversar com José Roberto Guimarães e tratar da
renovação do contrato do treinador. Mas um ponto cria uma aparente
divergência significativa entre as duas partes: a dedicação exclusiva do
treinador à seleção, sem comandar um clube.
- O Zé tem que ter calma, está mantido no cargo. Está convidado e
garantido no cargo, mas tenho que conversar com ele. Acabou de me ligar,
mas não conversamos. Quero que eles (Zé e Bernardinho,
treinador da seleção masculina) cuidem de toda a estrutura, da base.
Está na temporada de clubes, mas quero que sejam exclusivos da seleção a
partir de 2013 - revelou o presidente.
O dirigente disse que não há qualquer reunião agendada com o tricampeão olímpico nos próximos dias para cuidar do assunto.
O desejo de Graça em ter os treinadores cuidando só das equipes
nacionais pode ser um empecilho, pelo menos para Zé Roberto. O técnico
acabou de assumir um ambicioso projeto na cidade de Campinas, comandando
a equipe que disputa a Superliga feminina. E citou a questão da
exclusividade na seleção como um ponto que seria fundamental na sua
decisão de aceitar ou não continuar no comando do selecionado feminino.
- Implica um sacrifício, muitas coisas. Estou em um projeto novo em
Campinas. Depende se ele (Ary Graça) vai querer exclusividade ou não - afirmou Zé Roberto em 5 de setembro, deixando no ar a possibilidade de renovação.
Desde que assumiu a seleção, em 2003, Zé Roberto sempre esteve ligado
também a um clube. Antes de comandar a equipe ao bicampeonato olímpico
em Londres, o técnico dirigiu o Fenerbahce (Turquia) a partir de 2010.
Anteriormente, havia dirigido o Osasco (2000 a 2005), o Unisul (2006) e o
Scavolini Pesaro-ITA (2006 a 2009).
Sobre Bernardinho, técnico que dirige a equipe do Rio de Janeiro na
Superliga feminina, Ary Graça mostrou mais confiança em um acordo.
- No caso do Bernardinho, eu diria que sim. A coisa já está combinada
desde antes das Olimpíadas. Além de serem os técnicos (da equipe
principal), eles precisam criar filosofias para baixo. Ser responsáveis
pelas equipes de baixo, para tirar jogadores para em 2016 ele ter no
mínimo, 25, 26 jogadores à disposição - finalizou.
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