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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ingressos para Brasil x Espanha por até R$ 8 mil em sites não autorizados

A final da Copa das Confederações promete deixar muita gente rica. Que o digam os donos de sites não autorizados para a revenda de ingressos. Eles negociam bilhetes para o jogo entre Brasil e Espanha por um preço até 20 vezes acima do oficial da Fifa.
Todos os 79.052 ingressos para a decisão no Maracanã já foram vendidos, mas é fácil encontrar ofertas no mercado ilegal. Os cambistas virtuais disponibilizam entradas para os três principais grupos.

Mas por um preço...

 
Um bilhete para a categoria 1, a mais cara para o público geral, custava R$ 418 no portal oficial da Fifa, o vendedor “exclusivo”. Já nos ilegais, chega-se a cobrar até R$ 8.517,29. Em média, “apenas” R$ 4.203,84 (veja melhor abaixo). Por outro lado, essas páginas não ofereceram tickets do grupo mais barato, o 4. Além disso, há um site que comercializa entradas para a área Vip Hospitalidade (um pacote especial), por R$ 16.806,66.Em Brasília, três pessoas preencheram boletim de ocorrência contra a Fifa, porque não haviam conseguido retirar os ingressos para jogos da Copa das Confederações. Porém, esses bilhetes haviam sido comprados nos sites ilegais. Preocupada, a entidade se informou sobre os casos e descobriu o erro. Ela tem procurado cooperar com as autoridades brasileiras neste tema, segue o estabelecido pelo Estatuto do Torcedor e proíbe a revenda em determinadas circunstâncias.
 
Brecha com clientes facilita o cambismo
Existe uma brecha nos termos gerais e condições de compra e revenda dos ingressos da Copa das Confederações que pode explicar a fartura dos sites não autorizados.
De todos os 829.286 ingressos adquiríveis para a competição, 351.845 (algo perto de 42%) são destinados para o que a entidade chama de “clientes”. Neste grupo estão incluídas federações, confederações, patrocinadores, entre outros. Porém, a Fifa não é clara sobre os processos desta parcela para compra e, principalmente, doação e revenda dos ingressos. Com isso, há margem para que algum destes clientes da entidade trabalhe com os sites ilegais.
E isto não seria novidade nos grandes eventos esportivos. Os Jogos Olímpicos de Londres, no ano passado, ficaram marcados por escândalos do tipo. Ingressos destinados a comitês olímpicos nacionais pararam nas mãos de cambistas. Patrick Hickey, membro do Comitê Executivo do COI, teria pego bilhetes da entidade e os repassado a uma empresa para serem revendidos por fortunas.

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