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sábado, 27 de julho de 2013

Após três ouros, Fonteles encerra Mundial com a prata no revezamento

Revezamento 4 x 100 Mundial Paralímpico time brasileiro (Foto: Leonardo Filipo) Se sozinhos não conseguiam deter Alan Fonteles, os americanos precisaram se unir. Depois de três medalhas de ouro no Mundial Paralímpico de Atletismo de Lyon, o brasileiro encerrou o revezamento 4x100m T42-46 com a prata, ao lado de Bruno Marins, Yohansson do Nascimento e Emicarlo de Souza. Uma prova tão forte que os Estados Unidos correram em 40s73, mais de um segundo abaixo do antigo recorde mundial, 41s78, que a África do Sul de Oscar Pistorius havia batido ano passado nas Paralimpíadas de Londres. Até a equipe brasileira correu abaixo do antigo tempo, em 41s72.
Quando Alan fechou o revezamento, após ser encostado por Emicarlo – quando atletas sem mãos competem não há bastão –, o Brasil estava atrás da equipe americana. Ele conseguiu tirar um pouco da vantagem, mas insuficiente para impedir que Richard Browne cruzasse a linha de chegada na frente. Derrotado por 1 centésimo pelo britânico Jonnie Peacock nos 100m T44, Browne comemorou efusivamente, junto com Blake Leeper, prata nos 200m e nos 400m T43 para Alan, Jerome Singleton e David Prince.  
Em uma equipe que demonstra confiança entre si, Alan apontou o caminho para superar os Estados Unidos: 
- A gente confia muito um no outro. Isso vale muito no revezamento. Sei que fizeram o melhor hoje. Viemos em busca do ouro e do recorde mundial, mas estamos levando uma prata. Mas o time dos Estados Unidos veio muito bem. Já temos uma equipe muito forte e para ganhar deles basta treinar. Nós acertamos os detalhes desde Londres e agora é ver o que erramos.No meio dos tarimbados Emicarlo, Yohansson e Alan, o carioca Bruno Marins, que abriu a prova, estava tímido ao falar com a imprensa. Ele não é o mais novo do quarteto – tem 21 anos, um a mais do que Alan. Mas está há apenas três meses na equipe brasileira, e em Lyon competiu pela primeira vez fora do Brasil. E como mais novo, foi o alvo das brincadeiras dos companheiros.
- Toda noite esses caras ligavam para o meu quarto e me falavam: “Vem Bruno, vem aqui comer Nutella para você chegar bem!”. Agradeço a eles de terem confiado em mim. Estou feliz pela medalha – disse Bruno. 
Yohansson, o mais brincalhão, entregou o amigo e destacou a união da equipe:
- O Bruno fazia a dieta da Lua! Comia tudo, menos a Lua! Aqui não tem essa questão de estrelismo. Não foi só o Alan que ganhou sozinho a medalha, o Yohansson ou o Emicarlo. Aqui é só amigo e irmão.
No arremesso de peso, categoria F44 masculino, o  Brasileiro Marco Aurélio Lima acabou na oitava colocação, com 11.97. O ouro ficou com o dinamarquês Jackie Christiansen. A prata foi do eslovaco Adrian Matusik e o bronze do croata Josip Slivar. Já na final dos 100m rasos, na categoria T46, a cubana Yunidis Castillo conquistou o ouro com 13s21. A brasileira Terezinha Santos ficou em quarto, com 13s61. Outra brasileira na prova, Sheila Finder foi a sexta, com 13s90.
No penúltimo dia de competições em Lyon, o Brasil está em segundo lugar no quadro de medalhas, com 15 de ouro, 10 de prata e 13 de bronze, sete ouros atrás da líder Rússia.

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