Jogar na Argentina é sempre complicado. Ainda mais em um estádio
acanhado, como o Centenário, em Resistencia, com capacidade para 25 mil
pessoas. Em outro momento, a seleção brasileira poderia até ver isso
como pressão. Mas depois de três jogos em casa, dois deles com forte
cobrança da própria torcida, o time de Mano Menezes está calejado para a
decisão do Superclássico das Américas, nesta quarta-feira, às 22h.No último dia 7 de setembro, no Morumbi, na vitória por 1 a 0 sobre a África do Sul, a torcida paulista vaiou a Seleção, pegou no pé de Neymar e de Leandro Damião.
Já no dia 19 do último mês, no triunfo por 2 a 1 sobre a Argentina, em
Goiânia, o alvo foi Mano Menezes. Irritados, os torcedores locais pediram o retorno de Felipão e deram "adeus" ao atual comandante da equipe verde e amarela.
Entre esses dois jogos, a seleção brasileira teve uma folga na goleada por 8 a 0 sobre a China, no Recife. No nordeste, a torcida apoiou muito. Até pelo placar elástico construído. É evidente, porém, que o clima de pressão "venceu" e o Brasil decide o título do Superclássico das Américas com a cobrança de um bom futebol. Por ter vencido em casa, a Seleção joga por um empate para ser bicampeã.
Entre esses dois jogos, a seleção brasileira teve uma folga na goleada por 8 a 0 sobre a China, no Recife. No nordeste, a torcida apoiou muito. Até pelo placar elástico construído. É evidente, porém, que o clima de pressão "venceu" e o Brasil decide o título do Superclássico das Américas com a cobrança de um bom futebol. Por ter vencido em casa, a Seleção joga por um empate para ser bicampeã.
- Os argentinos estarão torcendo muito pela Argentina contra o Brasil,
porque é assim que tem de ser. Da mesma maneira que o torcedor
brasileiro torceu no começo em Goiânia. Tivemos uma atuação superior ao
nosso adversário por lá e é com esse parâmetro que vamos entrar nesse
jogos. Queremos repetir a boa atuação e sair com o título de lá -
comentou Mano Menezes.
Para os jogadores, o principal desafio em Resistencia será encarar a
tradicional "catimba" dos hermanos. Muito embora o confronto em Goiânia
tenha sido tranquilo nesse aspecto, o meia Thiago Neves não espera o
mesmo em solo argentino. Até porque eles precisam vencer por dois ou
mais gols de diferença para tirar o título do Superclássico das Américas
do Brasil.
- Acho que vai ter catimba, mas o torcedor tem de respeitar do jeito
que a gente respeitou em Goiânia. Vamos jogar futebol. É claro que é um
clássico, tem rivalidade, mas fora de campo não tem de ter violência.
Dentro é normal ter discussão - alertou o meia do Fluminense, lembrando
que recentemente, em uma passagem da seleção brasileira sub-20, houve
problemas com a torcida de Resistencia.
A seleção brasileira tem uma mudança confirmada para o duelo desta
quarta-feira, contra a Argentina: Thiago Neves ganhou a vaga de Jadson
no time titular. Por outro lado, o técnico Mano Menezes manteve o
mistério em relação ao substituto de Luis Fabiano, vetado por conta de
um problema na coxa direita.
De acordo com o que testou no treinamento da última terça-feira, em São
Paulo, a dúvida está entre Arouca e Leandro Damião. No caso de o
volante jogar, Lucas seria adiantado para formar dupla de ataque com
Neymar. Mas se o atacante do Inter for o escolhido a formação terá três
atacantes.
A Argentina, por sua vez, não deve manter a postura defensiva que teve
em Goiânia, com três zagueiros e três volantes. Mas também não deve ser
abrir muito. A expectativa é que o técnico Alejandro Sabella tire o
zagueiro Lisandro Lopez para a entrada do cruzeirense Montillo.
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