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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

União Ciclística Internacional confirma banimento de Lance Armstrong

Lance Armstrong (Foto: Joel Saget/AFP) O sete vezes campeão da Volta da França, a mais difícil prova ciclística mundial, Lance Armstrong está banido oficialmente do esporte. A União Ciclística Internacional (UCI), aceitou as provas oferecidas pela Agência Americana de Doping (Usada) e anunciou oficialmente o banimento do ex-atleta, com a perda de todos os títulos conquistados na carreira. Isso inclui os seus sete títulos da Volta da França.
- Lance Armstrong não tem mais lugar no ciclismo. Ele merece ser esquecido - declarou Pat McQuaid, presidente da UCI, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, marcada apenas para anunciar a decisão da UCI acerca do caso.
Lance Armstrong foi banido por causa do relatório de 202 páginas, além de outras mil páginas de depoimentos, feito pela Usada, que chamou o caso de o programa de doping de mais sucesso, mais sofisticado e profissional que o esporte jamais viu. Lance, que superou um caso de câncer nos testículos antes de retornar ao ciclismo, conquistou a Volta da França de forma sucessiva de 1999 a 2005.
Apesar de seu nome ter sido várias vezes envolvido em casos de doping, ninguém nunca conseguiu provas de que ele realmente tenha feito uso de substâncias proibidas. Até o trabalho de investigação feito pela Usada a partir de 2005, no qual ouviu 26 testemunhas, incluindo 15 ciclistas da equipe US Postal Service, defendida por Armstrong na época, que admitiram o uso de substâncias ilícitas e garantiram que Lance também fez uso.
A bomba caiu sobre seus ombros em agosto deste ano, quando a Usada divulgou o dossiê e baniu o ciclista. Faltava apenas a decisão da UCI, que precisava corroborar com a decisão para confirmar o banimento de Armstrong, o que foi feito nesta segunda-feira.
Presidente da UCI nega que vá se demitir
Na entrevista coletiva, o presidente McQuaid foi questionado sobre sua situação no comando da UCI, que assumiu em 2005. Apesar da pressão, ele garantiu que não pretende se demitir.
- O ciclismo tem um futuro. Esta não é a primeira vez que o ciclismo se encontra em uma encruzilhada ou que tenha de começar de novo. Quando eu assumi a presidência em 2005 eu fiz do combate ao doping minha prioridade. Eu reconheci que o ciclismo tinha uma cultura de doping. Desde então, o esporte se desenvolveu. Mas sinto muito que não tenhamos conseguido pegar todos os malditos em flagrante e expulsá-los do esporte na época - desabafou McQuaid.

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