A Seleção Brasileira está com moral. Ainda mais depois do título da
Copa das Confederações. Prova disso é o resultado de uma pesquisa feita
pela Stochos, empresa de estratégia em esportes, que revela o aumento de
9,6% na confiança do torcedor brasileiro na conquista da Copa-2014.
Ao
todo, 76,2% dos entrevistados no mês de outubro acreditam que o Brasil
vai alcançar o hexacampeonato. Em março, esse número era de 66,6%.
–
Claramente a expectativa de título cresceu depois da Copa das
Confederações. O otimismo está grande, independentemente da organização
da competição e do futebol brasileiro – avaliou Cesar Gualdani,
sócio-diretor da Stochos.
O sentimento do torcedor se confunde com
o discurso do técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, que
já falou mais de uma vez: não há outro lugar para o Brasil na Copa, a
não ser o topo.
– Realmente os números traduzem essa constatação do Felipão – complementa Cesar.
O
percentual dos que acreditam que Neymar & Cia. estarão ao menos na
final no Maracanã também cresceu. Em março, 77,4% apostavam que o Brasil
seria finalista. Agora essa crença é compartilhada por 86,7% dos
entrevistados.
E por falar na decisão da Copa, a maioria dos
entrevistados acredita em uma repetição da final da Copa das
Confederações. A Espanha, que recebeu só 8,1% dos votos para ser campeã,
foi a mais cotada para ser a vítima do Brasil: 29%. A Fúria roubou o
lugar que, no resultado de março, era da Argentina.
No placar da
confiança do torcedor, a situação já está favorável à Seleção. Só falta
confirmar isso em campo em alguns meses. A Stochos ouviu 8.112
entrevistados, a partir dos 16 anos, de todos os estados e do Distrito
Federal. A margem de erro é de 1,1 ponto percentual, para mais ou para
menos.
Mulheres estão mais otimistas com o Brasil
Elas
estão mais confiantes do que eles. A pesquisa da Stochos revelou uma
faceta mais confiante do lado feminino da torcida brasileira: 82,9% das
entrevistadas cravaram o Brasil como campeão do mundo, puxando a média
para cima. Enquanto isso, entre os homens, o percentual de fé na Seleção
foi de 73,2%.
– A leitura que eu faço é que as mulheres, ainda
que muitas saibam muito de futebol, se envolvem menos que os homens –
pontuou Cesar, que completou:
– Os homens, em geral, conhecem mais
outras seleções e o potencial dos adversários. Por isso têm mais
tendência de apontar favoritos diferentes do Brasil.
Com a palavra
Cesar Gualdani - Sócio-diretor da Stochos.
Cesar Gualdani - Sócio-diretor da Stochos.
Euforia não deve ser abalada até a Copa
Normalmente,
já existe uma euforia do brasileiro na época antes da Copa do Mundo.
Essa confiança não deve cair até o Mundial, porque o Brasil não vai
enfrentar grandes forças do futebol mundial. Os próximos amistosos são
contra times de menor expressão.
As pessoas estão confiantes
também porque é um torneio aqui no Brasil, que tem tiro curto e dá a
possibilidade de um embalo muito grande do time. Ainda mais com Neymar
jogando bem. Ninguém quer nem saber de vice-campeonato, porque é da
cultura brasileira. O vice não conta, é desvalorizado. Só vale a
hegemonia.
Um outro aspecto da pesquisa foi a queda da aposta na
Argentina para ser finalista contra o Brasil. Mas, mesmo assim, ela
representa um percentual significativo. O Messi, claro, tem muita
participação nisso. Tem muita gente que quer ver Brasil x Argentina na
final no Maracanã.
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