Como
Maradona em 1986 e Garrincha em 1962, Romário ganhou uma Copa do Mundo
praticamente sozinho. Foi a dos Estados Unidos, em 1994, o tetra do
Brasil, quando deixou sua marca de artilheiro em cinco das sete
partidas.
Isso
já diz um bocado a respeito de Romário. Mas é pouco. Com seu 1,69m,
marrento e fantástico goleador, o Baixinho é uma lenda do futebol
mundial.
Garoto
pobre da Vila da Penha, subúrbio carioca, Romário apareceu no Vasco em
1985, aos 19 anos, para compor dupla de ataque com Roberto Dinamite. No
mesmo ano, estreava na seleção brasileira júnior aprontando das suas,
para variar.
Era
presença certa no Mundial da categoria na União Soviética. Mas seu nome
sumiu da lista meses antes, depois do Campeonato Sul-Americano. Tudo
porque sua maior diversão na concentração era ficar na sacada do hotel
urinando na cabeça de quem passava lá embaixo. Corte na certa.
Polêmico
fora de campo (cobrou dívidas em público e já bateu boca com Zico e
Pelé), dentro dele Romário e suas pernas curtas protagonizaram alguns
dos momentos mais belos e inesquecíveis da história do futebol.
Seu
habitat natural é a grande área. Dos zagueiros do tipo guarda-roupa,
ele se livra com um simples gingado, um imprevisível drible de corpo; e
dos goleiros bem colocados, com um totó de bico de chuteira.
Em
1999, a revista Trip lhe perguntou sobre Maradona. A resposta veio
seca: "Eu fiz mais gols do que ele, ganhei mais do que ele. No futebol
moderno dos últimos 15 anos, Maradona só perde para mim".
Assumido
admirador das noitadas e incorrigível gazeteiro de treinos, Romário
sempre teve problemas com técnicos. Um deles foi Carlos Alberto
Parreira, que comandou a seleção brasileira na Copa de 1994. Durante as
eliminatórias, o treinador já havia dado a entender que o
craque-problema era carta fora do seu baralho. Mas com o titular Müller
contundido, não havia parceiro para Bebeto no ataque.
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