Quando Neymar
resolve conceder uma entrevista coletiva, um batalhão de jornalistas
lota a sala de imprensa santista. Aos 21 anos, ele lida bem com a
situação que até hoje incomoda um jogador que atrai ainda mais gente, de
todas as partes, quando resolve falar: Lionel Messi. Eleito quatro vezes o melhor do mundo e acostumado com o assédio, o atacante do Barcelona ainda parece desconfortável diante dos jornalistas, mas sabe que sua presença, também rara, é sempre muito aguardada.
- Ter uma entrevista de Lionel Messi é como ter uma Bola de Ouro para
um jornalista. É muito difícil. Uma entrevista coletiva é mais fácil,
mas não é comum - disse o jornalista Frédéric Traini, da TV francesa
"TF1", um dos profissionais que também teve a oportunidade de conferir a
mais recente entrevista do craque.
Enviados do SporTV,
Bruno Côrtes e Jórdi Bordalba testemunharam o quanto é concorrida uma
coletiva de Messi. A espera das respostas do argentino estavam também
japoneses, italianos, argentinos, espanhois... gente de todos os cantos.
- Raramente Messi dá entrevista coletiva ou exclusiva. Quando isso
acontece, o mundo quer ouví-lo - disse Bruno Côrtes, ao mostrar a sala
lotada de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas.
A coletiva também mostrou um jogador diferente daquele que costuma
estar bem mais relaxado dentro de campo. O Messi entrevistado é um Messi
sério e nada à vontade. Ele sabe que, a qualquer momento, surgirão
questionamentos inesperados, mas que as perguntas recorrentes voltarão a
aparecer e fazer com que tenha de falar de um assunto que já comentou
inúmeras vezes.
- Essa é uma pergunta que já respondi mil vezes - respondeu, esboçando
um raro sorriso, quando questionado sobre Cristiano Ronaldo e em que
aspectos se considerava melhor na comparação com o português do Real
Madrid.
Atrás da mesa e dos microfones, o argentino ouve perguntas sobre o
Barcelona, principalmente, mas a seleção argentina não fica de fora. Se
em outra época o assunto era delicado, diante das críticas de que ele
não conseguia repetir com a camisa argentina o futebol que mostrava pelo
clube, atualmente a questão ficou mais leve: só no ano passado, ele
marcou 12 gols pela seleção e os hermanos estão com a vaga encaminhada
para a Copa do Mundo de 2014. E conquistar o título no Brasil está na
lista de metas do atacante.
- Obviamente que o Mundial é o sonho de qualquer jogador. Seria o máximo - disse.
E Messi não costuma brincar quando está em busca de um objetivo. Assim,
aos 25 anos, já foi eleito quatro vezes o melhor do mundo, conquistou
cinco títulos espanhois, três vezes a Liga dos Campeões e dois mundiais
de clubes. Pelo Barcelona, ele sempre quer ganhar tudo. Com a seleção,
não é diferente.
- Sempre que começa um ano botamos como objeitvo ganhar o máximo de
títulos que disputamos. Essa é a motivação de cada ano - afirmou.
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