A histórica final do Mundial contra a Espanha, no último domingo, pode ter sido o último ato de Falcão
na seleção brasileira. Aos 35 anos, o camisa 12 já fala em se aposentar
do time canarinho, abrindo espaço para uma renovação da equipe.
Recuperando-se de uma lesão na panturrilha esquerda e acometido por uma paralisia facial, o ala pediu dispensa da convocação para os amistosos contra a Colômbia,
neste domingo e na próxima terça-feira. Na noite desta terça, a seleção
desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, após
30 horas de viagem da Tailândia até a capital paulista.
- Tem jogo da seleção no domingo, mas, à princípio, eu estou fora. Eles
querem que eu vá só para ficar com o grupo, mas eu acredito que seria
melhor ficar me cuidando, para analisar o que vale a pena ou não daqui
para frente. No momento, não temos coisas importantes a curto prazo para
disputar, então seria bom abrir espaço para os outros. Não é uma
despedida oficial, mas vou pensar com bastante carinho sobre o meu
futuro - comentou Falcão.
Com contrato até o fim do ano com o Orlândia, o camisa 12 revelou que a
continuidade na equipe do interior paulista está por detalhes. Mesmo
tendo uma proposta milionária do Tóquio Futsal, do Japão, o jogador deve
continuar na equipe alvigrená na próxima temporada.
- Vou conversar sobre renovação nesta semana, não tem nada certo ainda,
mas eu quero muito continuar lá. Sobre o Japão, estou conversando com
eles para acertamos para 2014 - afirmou.
Apesar da grande participação na campanha vitoriosa do Brasil no
Mundial, Falcão retorna ao país como um dos atletas que menos atuou na
competição. Por causa da sua lesão na panturrilha, na primeira rodada, o
ala jogou apenas 28 minutos na Tailândia, o que acabou não ofuscando o
seu brilho, já que fez gols decisivos e ajudou a equipe a trilhar o
caminho das vitórias.
- Foram 28 minutos intensos, pois fiz quatro gols no Mundial, sendo
três muito importantes. Valeu a luta porque, no dia 1º de novembro, eu
achei que não iria mais jogar. Já estava com a mala pronta, quando soube
da possibilidade de continuar com o grupo fazendo um tratamento intenso
de fisioterapia para me recuperar a tempo de ajudar a seleção. Acabou
que deu certo e hoje estou aqui realizado - destacou.
Ainda contagiado pela conquista, Falcão não mediu palavras ao falar da
importância do sétimo título mundial do Brasil. Dono de um dos
currículos mais vitoriosos da história do futsal, ele elegeu um dos
momentos desta Copa do Mundo como o mais marcante da sua carreira.
- O momento mais especial foi contra a Argentina, pois eu não sabia se
iria jogar. Daí entrei e fiz o gol do empate e o da virada. Acredito que
tenha sido até o momento mais especial da minha carreira - disse.
O jogador comentou também sobre o curioso episódio ocorrido na véspera
da final, quando o pivô Wilde descobriu que a imprensa espanhola havia
publicado um escudo da seleção da Espanha com três estrelas, já contando com o título de 2012.
- O Wilde viu o escudo com três estrelas em sites espanhóis e até nos
perfis do Facebook de alguns jogadores deles. Ele avisou à comissão
técnica, daí imprimiram e colocaram na porta dos nossos quartos. Acho
que agora eles vão ter que segurar isso mais um pouquinho - ironizou.
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