O dia 18 de novembro de 2012 tornou-se uma data marcante para o futsal mundial. Não só por causa do título do Brasil na Copa do Mundo da Tailândia, mas pelo fato de a final deste domingo ter sido o último ato de Falcão
na principal competição do planeta. Aos 35 anos, o craque da camisa 12
já havia anunciado que este seria o seu último Mundial. Campeão em 2008,
no Rio de Janeiro, ele se depediu do torneio em grande estilo, marcando
um dos gols da vitória do Brasil sobre a Espanha por 3 a 2 na
prorrogação, em Bangcoc, e abocanhando mais um título.
- Meu maior prêmio foi ter o privilégio de participar de um evento com
esse. Estava fora no primeiro dia, quando me machuquei, achei que não
estaria mais aqui, mas joguei alguns minutos nas partidas. Isso para mim
foi o maior prêmio. Posso dizer que saio daqui realizado - afirmou, em
entrevista.
O craque foi do inferno ao céu no Mundial da Tailândia. Depois de sentir uma lesão na panturrilha na primeira rodada, contra o Japão, o jogador chegou a achar que não teria mais condições de continuar na competição. Entretanto, após exame de ressonância magnética,
a comissão técnica brasileira decidiu manter o camisa 12 no grupo,
iniciando um tratamento intensivo com o craque. Deu no que deu e, nas
oitavas de final, o ala já estava atuando na goleada sobre o Panamá. Ao todo, Falcão atuou por 37 minutos na Copa do Mundo de 2012.
- Estou fisicamente esgotado e já pedi dispensa de uma convocação da
seleção que vai haver na próxima semana. O Mundial me debilitou muito e
agora é o momento de me retirar para cuidar um pouco da saúde - disse
ele, que, a partir das quartas de final, jogou com uma paralisia no
rosto, fruto do momento estressante, causado pelas constantes lesões.
Demonstrando companheirismo, Falcão admitiu não ter sido protagonista
deste Mundial. Depois de elogiar o fixo Neto, destaque da final, ele fez
questão de dividir o momento com o capitão da seleção Vinicius, seu
colega no Orlândia, e que também esteve na equipe campeã em 2008.
- A gente tem um cara aqui dentro para quem eu tenho que tirar o
chapéu: o Vinicius. O que esse cara representa para a gente, dentro e
fora de quadra é uma coisa impressionante. Não tem ninguém melhor no
mundo para levantar esse troféu do que ele - destacou.
Emocionado, o camisa 7 fez questão de retribuir os elogios de Falcão.
- O que esse cara aqui decide não existe no esporte. Tenho a sorte de
saber me portar bem ao lado de tantos craques. Falcão ganhou um Pan
(2007, no Rio) e um Mundial para a gente e sou muito agradecido a ele
por isso - comentou Vinicius.
O capitão ainda aproveitou o momento para dedicar o título ao seu irmão
Lenísio. Aposentado das quadras, o ex-pivô, agora diretor técnico do
Corinthians.
- O Lenísio poderia estar aqui com a gente, mas as seguidas lesões não
deixaram e ele teve que encerrar a carreira. Esse título é para você,
que também faz parte disso aqui - concluiu.
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