O Brasil já deu a volta ao mundo desde que enfrentou a Espanha pela
última vez. No fim do século passado, em 1999, as seleções empataram sem
gols num jogo sem glamour algum, ao contrário desta final da Copa das
Confederações. De lá para cá, a Seleção enfrentou 67 países.
Foi uma volta ao mundo que incluiu o pentacampeonato mundial na Ásia,
em 2002, frustrações na Europa e na África, em 2006 e 2010, e títulos na
América do Sul, como as Copas Américas de 2004, no Peru e 2007, na
Venezuela. O Brasil visitou locais inusitados como Haiti, Omã, Tanzânia e
Zimbábue, e exibiu seu futebol por todos os cantos.
Sem força no cenário internacional, apesar de tradicional, a Roja deu
início à sua fase áurea em 2008, com o título da Eurocopa. Desde então,
conquistou também a Copa do Mundo em 2010, e o bi da Euro em 2012. A
partir de então, enfrenta-la passou a ser considerado um clássico.
Mas há alguns anos, a Espanha era uma equipe intermediária, e a seleção
brasileira oscilou entre jogos contra potências como Alemanha, Itália e
Argentina, ou partidas diante de rivais decorativos como Guatemala,
Gabão, Canadá e Honduras.
Mesmo na Europa, não há uma explicação lógica para tanto tempo sem uma
partida entre brasileiros e espanhóis. Desde 2000, foram 25 adversários
do Velho Continente. Alguns nem sequer existem mais, caso da Iugoslávia.
O futebol espanhol evoluiu muito de 1999 até 2013. Atualmente, é
frequente a presença de jogadores do país entre os melhores do mundo.
Antes era raro. Em 2001, o atacante Raul conseguiu a terceira colocação
no prêmio da Fifa, feito igualado por Fernando Torres em 2008. Mas desde
2009, Xavi, Iniesta ou os dois juntos sempre figuram entre os melhores.
Só não venceram pelo azar de competirem com Cristiano Ronaldo e o
tetracampeão Messi.
Já no Brasil ocorre o movimento inverso. Seus craques eram figurinhas
carimbadas na festa anual da entidade. Ronaldo foi o melhor em 2002,
Ronaldinho Gaúcho em 2004 e 2005, e Kaká em 2007. Mas desde então nenhum
jogador do país pentacampeão é lembrado.
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