Em sua quinta edição, o NBB, finalmente, coroará os primeiros estrangeiros campeões, na decisão entre Flamengo e Uberlândia, que começa às 10h deste sábado na HSBC Arena, no Rio de Janeiro.
No lado do Rubro-Negro são dois os que buscam serem os pioneiros no torneio nacional: o armador Kojo e o ala Bruno Zanotti.
Nascido nos Estados Unidos, mas naturalizado ganês por causa de seus pais, Kojo disputa seu segundo NBB. No ano passado, o armador foi um dos destaques de Joinville. Ao time carioca, chegou com o status de titular e não desapontou. Desde o início do campeonato deu conta da responsabilidade que tinha em mãos. Agora, espera fechar com chave de ouro.
– Será um grande feito ser o primeiro estrangeiro a ganhar o título. Não sabia disso até você me falar (risos). Mas será muito legal, pois é algo que ninguém conseguirá superar, afinal serei o primeiro, junto com o Zanotti (risos) – disse.
Zanotti está em sua primeira temporada no Brasil. O paraguaio chegou ao Flamengo no meio do campeonato, vindo do Lanús, da Argentina. Antes, havia passado por clubes da Itália, Suíça e do próprio Paraguai. Sua contratação foi um pedido do técnico José Neto, depois de o ala Marcelinho romper os ligamentos do joelho direito na primeira rodada, contra o Vila Velha.
– Fiquei muito impressionado com a liga brasileira. Está sendo uma grande experiência. Quero muito este título, que será especial. A final vai ser muito emocionante, com a Arena cheia – disse o ala, que tem médias de 14,3 minutos e 3,4 pontos por partida no NBB.
Zanotti tem uma história curiosa. Ele nasceu na África do Sul, à época que seu pai fazia residência em Medicina, e viveu no país até os três anos de idade. Depois, foi para o Paraguai e nunca mais teve a chance de voltar ao país natal.
– Queria ter ido na Copa do Mundo de 2010, mas não deu – disse.
AMERICANOS QUEREM ESTRAGAR A FESTA
Se a dupla do Flamengo está faminta pelo título nacional, o mesmo pode se dizer do dueto de estrangeiros do Uberlândia.
Integrantes do time mineiro desde a primeira participação no NBB, na temporada 2010/2011, os americanos Robby Collum e Robert Day se destacaram ao longo do torneio e são grandes armas da equipe para bater o Rubro-Negro e calar os 17 mil espectadores que lotarão a HSBC Arena , na Barra.
Day chega à decisão com o moral elevado. Cestinha de sua equipe, ele é, na média, o quarto maior pontuador do campeonato. Além disso, concorre com o ala rubro-negro Marquinhos e com o armador joseense Fúlvio pelo prêmio de melhor jogador (MVP) do NBB.
– É um prazer ser o primeiro em qualquer coisa e será muito legal se for o primeiro estrangeiro a ganhar o NBB. Apesar de concorrer ao prêmio de MVP, não me importo muito com isso. Para mim, o mais importante é o time. Podemos ganhar com eu passando em branco ou fazendo 100 pontos. Eu quero mesmo é este título – disse Robert Day, que vive com toda a sua família em Uberlândia e, apesar do sotaque carregado, fala bom português.
O ala americano de 31 anos e 1,97m de altura detém um recorde no NBB. É o maior cestinha em uma única edição do Jogo das Estrelas. Na terceira edição do evento festivo, em 2011, fez 50 pontos na vitória do NBB Mundo sobre o NBB Brasil. Isso em sua primeira aparição no evento comemorativo.
Seu fiel escudeiro e amigo dentro e fora de quadra é o compatriota Robby Collum, que chegou à Uberlândia na mesma época. O ala-armador de 33 anos, que tem nos arremessos de três sua principal arma, é quem mais fica em quadra na equipe mineira. Em média, atua 36,6 minutos por partida.
– Eu gosto muito de jogar no Brasil. Me senti bem aqui desde que cheguei. Este título tornará as coisas ainda mais especiais. Mas sabemos que será um jogo díficil, com muita torcida contra – disse.
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