O dito
popular serve a Ronaldinho Gaúcho em Marrakesh como poucas vezes se viu no
futebol. Rei, mesmo, ele foi em 2004 e 2005, eleito duas vezes o melhor jogador
do mundo. Mas sua majestade se manifesta a cada sorriso que sai da boca de um
marroquino ao perguntar sobre sua presença na cidade ou a cada frase de
reverência que sai da boca de um companheiro de Atlético-MG.
É na terra
do rei Mohammed VI que o rei Ronaldinho 10 comandará seus súditos na mais nobre
batalha da história do Galo: tentar conquistar o mundo. Nesta quarta-feira, às 17h30m (de Brasília), o
primeiro passo, contra o Raja Casablanca, time local, fortalecido por milhares
de torcedores que se transformaram num perigo maior até do que os soldados
dentro de campo.
Marrakesh
está cercada de alusões a Mohammed VI. O estádio que será palco do Mundial tem
a foto do rei entre os cartazes com os símbolos das equipes participantes. Há
imagens por todos os lados e uma das avenidas mais suntuosas da cidade leva seu
nome. Mas é de Ronaldinho que o povo quer saber desde a chegada da delegação atleticana à cidade. E parece saber da existência
do campeonato muito por conta de o craque estar no país.
O reinado de
Mohammed não é dos mais tranquilos. O monarca tem uma fortuna estipulada em R$
5 bilhões e o país em suas mãos. Livros e reportagens recentes denunciam que
ele enriquece à medida que a população se afunda na miséria. Ele também já
mandou para a cadeia jornalistas que o acusaram.
Ronaldinho é
diferente. Seu reinado no Galo foi imposto por sua história e pelo carisma que
todos juram ser impressionante. Mesmo depois de anos em que seu futebol esteve
adormecido, o meia, que virou R10, tal qual o rei marroquino é chamado de M6, colecionou
súditos que o reverenciam, literalmente, nos jogos do Independência.
Há súditos
do rei atleticano também no time. Desde o fim de setembro, companheiros e
torcedores ficaram na expectativa da recuperação da lesão na coxa
esquerda sofrida pelo craque. Bem mais rápida do que a previsão inicial,
a recuperação permitiu ao jogador voltar ao time na última rodada do
Brasileirão. Para quem esperava um camisa 10 em outra sintonia, sem
ritmo de jogo, a resposta veio com uma bela atuação e dois gols diante
do Vitória.
A despedida do Brasileirão aumentou a expectativa
até mesmo dos companheiros de Ronaldinho para a participação dele no
Mundial. Só no Marrocos, Réver já disse que Ronaldinho é “o melhor de
todos os
tempos”, Victor o classificou como “indiscutível” e Diego Tardelli vê
nele a
chance de equilibrar o apoio das arquibancadas diante do Raja.
- Acho que
muita gente de fora vem para ver o Ronaldo, isso vai nos ajudar - afirmou o atacante.
Comandado
por Ronaldinho, o Atlético entra em campo nesta quarta com sua força
quase máxima. O único desfalque é Richarlyson, que sofreu grave lesão no joelho e nem viajou para o Marrocos.No adversário do Galo, talvez a torcida seja mais forte que o time. Uma massa apaixonada vai empurrar
o Raja Casablanca no jogo desta quarta. Torcedores e jogadores estão
mergulhados em euforia depois das duas vitórias na largada do Mundial. Agora, a
missão é chegar à grande final. Seria o maior feito da história do clube.
Contra o Monterrey, o Raja mostrou qualidades e defeitos. Apresentou-se como um time rápido no ataque, com jogadores habilidosos, mas frágil defensivamente. O Atlético pode tirar proveito dos espaços deixados pelo sistema defensivo entre a zaga e os volantes e também tem caminho aberto em jogadas pelo alto.O Raja é um misto de otimismo e respeito. Acredita que pode chegar à final, mas oscila entre o desdém, como foi o caso de Vivien Mabide, para quem Ronaldinho hoje é só nome, e a admiração, como a do goleiro Khalid Askri e o meia Kouko Guehi, encantados com a possibilidade de enfrentar o craque brasileiro. O treinador da equipe, o recém-chegado tunisiano Faouzi Benzarti, tem a oportunidade de repetir a equipe. Mas ele, que está no clube desde o começo do mês, conta sobretudo com a torcida para vencer o Galo.
Contra o Monterrey, o Raja mostrou qualidades e defeitos. Apresentou-se como um time rápido no ataque, com jogadores habilidosos, mas frágil defensivamente. O Atlético pode tirar proveito dos espaços deixados pelo sistema defensivo entre a zaga e os volantes e também tem caminho aberto em jogadas pelo alto.O Raja é um misto de otimismo e respeito. Acredita que pode chegar à final, mas oscila entre o desdém, como foi o caso de Vivien Mabide, para quem Ronaldinho hoje é só nome, e a admiração, como a do goleiro Khalid Askri e o meia Kouko Guehi, encantados com a possibilidade de enfrentar o craque brasileiro. O treinador da equipe, o recém-chegado tunisiano Faouzi Benzarti, tem a oportunidade de repetir a equipe. Mas ele, que está no clube desde o começo do mês, conta sobretudo com a torcida para vencer o Galo.
- É uma vantagem. Quando se tem um público louco, fanático, os jogadores dão o
máximo. Deixam de lado o cansaço, o estresse, tudo que é negativo. Futebol sem público
não é futebol. Eles nos apoiam sempre, e espero que estejam conosco do primeiro
ao último minuto. O Atlético tem suas qualidades, mas nós também temos.
Confira as prováveis escalações:
Raja Casablanca: Askri, El Hachimi, Oulhaj, Karrouchy e Benlamalen; Erraki,
Moutaouali, Chtibi, Hefidi e Guehi; Iajour.
Atlético-MG: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Lucas Cândido; Pierre, Josué, Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli e Fernandinho; Jô
Árbitro: Carlos Velasco Carballo (ESP)
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