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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Ponte é vice da Sul-Americana, e Botafogo se garante na Libertadores

Victor Ayala comemora, Lanús x Ponte Preta (Foto: AP) Enquanto desacreditada, a Ponte colecionou feitos de superação: despachou o Deportivo Pasto na altitude colombiana, ignorou a tradição do Vélez Sarsfield em Buenos Aires e passou como quis pelo São Paulo mesmo sem a força do Moisés Lucarelli. Mas, ao chegar à decisão, a Macaca se tornou protagonista. Angariou simpatizantes, atraiu atenções e virou foco. A pressão foi demais para ela.
Em campo, o time fez o que não havia feito até agora: errou. Diante de uma pressão absurda em La Fortaleza, a Alvinegra de Campinas caiu na armadilha programada pelo Lanús. Em dois problemas de marcação logo no primeiro tempo, viu os argentinos conseguirem 2 a 0 no placar e a vantagem necessária. Daí, foi só esperar o segundo tempo e o título dos hermanos, que erguem a taça da Copa Sul-Americana pela sexta vez desde 2004. O sonho do primeiro título em 113 anos de história acabou. E da maneira mais difícil possível.
Quem se deu bem foi o Botafogo. Se a Ponte fosse campeã, se classificaria para a Libertadores da América. Com o vice, a última vaga do país na competição foi herdada pelo time carioca, quarto colocado no Brasileirão.Enquanto argentinos festejam, pontepretanos choram. Assim como em cinco edições de Campeonato Paulista e uma Série B do Brasileiro, o clube morre em uma nova final, para desespero dos torcedores, incomodados com a sina de vice. Quatro mil fanáticos viajaram até a Argentina e, mesmo com a derrota, não se intimidaram com a aparência de "praça de guerra" da casa do Lanús, com cercas e arames farpados. De Campinas, outros milhares assistiram a mais um vice-campeonato sem acreditar. Parecia a hora da Ponte, mas o primeiro título de expressão vai ter que esperar.
Tão desacreditado quanto à equipe brasileira no início da Sul-Americana, o Lanús teve de passar por adversários duros. Venceu Racing na segunda fase, Universidad do Chile nas otiavas, River Plate nas quartas e Libertad na semifinal. Assim, quebra o jejum de seis temporadas sem levantar uma taça e ainda se garante na disputa de outras duas em 2014: a Libertadores da América e a Copa Suruga, contra o Kashiwa Reysol, no Japão.
A Ponte, por sua vez, viaja ao Brasil nesta quinta-feira de manhã de volta à dura realidade. Rebaixada na Série B do Brasileiro, a Macaca inicia nos próximos dias a reformulação do elenco. Destaques do time, Uendel (que, suspenso, tanta falta fez nesta noite), Baraka e Rildo têm propostas vantajosas e devem se despedir do Majestoso. Outros têm o futuro indefinido.
Certo é que, se a derrota abala, a campanha dá força. O time mostrou o potencial que tem ao chegar à final da Sul-Americana. A torcida também já se acostumou a feitos maiores e abraçará o elenco neste momento. Trunfos importantes para a próxima temporada, em que a Alvinegra, com a mesma força deste segundo semestre, lutará para voltar à elite do Brasileirão. A fé é a mesma, garantem os fanáticos. A hora da Ponte vai chegar.

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