Para entrar no ano do centenário da melhor forma possível, o Santa
Cruz, neste domingo (1), no Arruda, conquistou o título da Série C do
Campeonato Brasileiro. Enfrentando o Sampaio Corrêa/MA, a equipe
Tricolor fez valer toda a paixão da sua imensa Torcida e não tomou
conhecimento do adversário vencendo por 2x1, gols de Dedé e Caça-Rato.
Cleitinho diminuiu para o Sampaio. Dominando o jogo e passando por algum
suspense, o time Coral teve uma bela atuação e coroaram o clube com o
primeiro título nacional da história.
O Time – Mantendo o esquema tático de jogos anteriores, mas
promovendo algumas modificações no time, o técnico Vica, que preteriu o
atacante Dênis Marques da relação para o jogo, mandou a campo o seguinte
time: Tiago Cardoso, Oziel, Éverton Sena, Renan Fonseca e Tiago Costa;
Sandro Manoel, Dedé , Luciano Sorriso, Natan e Renatinho; Caça-Rato.
O JOGO – Precisando vencer para dar ao Santa Cruz o
título, a equipe Tricolor procurou fazer valer a vantagem de jogar no
Arruda, com o apoio incondicional da Torcida.
Com a bola rolando, os gritos de incentivo do torcedor pareciam
contagiar a equipe tricolor, que iniciou o jogo de maneira agressiva.
Por outro, o retraído Sampaio Corrêa não se negou da missão de conter as
investidas dos donos da casa e procurou não facilitar para o Mais
Querido.
O Santa Cruz persistiu pelo primeiro gol, o Sampaio se defendeu e,
nas poucas oportunidades que teve a posse de bola, saiu em
contra-ataques rápidos. Com esse enredo desenhado, a primeira etapa teve
bastante lances de efeito.
A pressão Coral se intensificou. A equipe Tricolor criou diversas
situações de gol, que esbarravam na precisão do goleiro Rodrigo Ramos e
em lances de sorte dos demais marcadores. O gol do Santa Cruz estava
maduro e não iria demorar muito para sair.
De tanto pressionar o gol saiu. O lance saiu aos 33 minutos, de uma
paulada de Luciano Sorriso, que o goleiro do Sampaio espalmou para o
lado e propiciou o rebote a Dedé. O volante Tricolor, completando 40
jogos pelo clube nesta partida, não perdoou e conferiu. O gol fez o
Arruda estremecer de tanta felicidade.
Após o gol, a intensidade do jogo acabou reduzida, com o Santa Cruz
mais aliviado por abrir o placar e adversário sentindo o baque pelo gol
tomado, mas ainda assim procurando fazer um pouco mais do que fez em
toda a primeira etapa. Não houve tempo para muita coisa e o Santa Cruz
foi para o intervalo de jogo vencendo por 1x0.
SEGUNDO TEMPO – Para os 45 minutos finais, não havia
outra coisa a ser feita pelo Santa Cruz que não fosse assegurar a
vitória, já que qualquer empate com gols daria o título ao Sampaio
Corrêa. Procurando manter a pressão que exerceu sobre o adversário, a
equipe Tricolor seguiu na base da imposição.
E logo no primeiro minuto os Tricolores foram ao delírio, com alguém
que tem sido mais do que decisivo para o Santa. Após saída mal sucedida
da zaga do Sampaio, Dedé lançou a bola na medida para Caça-Rato, que
como costuma ser em decisões, não teve piedade do goleiro Rodrigo Ramos e
mandou a bola para o fundo gol. 2x0, para deixar as coisas ainda mais
tranquilas.
Com uma boa vantagem no placar e mantendo o adversário acuado, os
Tricolores administraram o resultado, sem abdicar de atacar ou tomar
grandes sustos por conta das investidas do rival. A equipe tricolor
esbanjou solidez e não deu brechas para o adversário.
Na base da tranquilidade, a segunda etapa transcorreu em favor do
Santa Cruz. Perdendo por dois gols e dispondo de poucos recursos para
surpreender os donos da casa, o time do Sampaio Corrêa acabou acusando o
golpe. Melhor para o Santa Cruz, com a Torcida se dando ao luxo de
gritar olé desde o 25 minutos finais.
Mas, como se acostumaram a dizer nos últimos anos, tudo que vem de
bom para o Santa Cruz tem uma certa dificuldade. Para não fugir à
máxima, aos 35 minutos, Cleitinho fez o gol do Sampaio Corrêa. Os 10
minutos finais foram de muito suspense.
Apesar do susto, o Santa Cruz fez a sua parte. Desfecho épico no
adeus às divisões inferiores do Campeonato Brasileiro. No ano do seu
centenário, o clube do povo volta à Série B com o primeiro título
nacional conquistado. O drama acabou, agora o Arruda transborda de
felicidade. O Tricolor voltou!
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