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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Salários na Inglaterra aumentaram 1500% em 20 anos, afirma estudo

Van persie, Everton e MAnchester United (Foto: Getty Images) Os salários dos jogadores de clubes ingleses aumentaram 1.500% nos últimos 20 anos, de acordo com um estudo revelado na última segunda-feira pelo grupo britânico "High Pay Centre". A organização independente, dedicada ao estudo dos vencimentos e a distribuição da riqueza, publicou uma análise do aumento dos salários dos atletas nos últimos anos e as repercussões no esporte.
O "High Pay Centre" diz que os salários dos jogadores das equipes da Primeira Divisão do Campeonato Inglês cresceram 1.500% desde 1992, ano em que a competição passou ser uma liga organizada pelos próprios clubes. Desde então, os profissionais passaram a cobrar cerca de 1,5 mil (R$ 4,7 mil) libras por semana até 23 mil libras (R$ 72 mil) de média cobrada na temporada 2009/2010, um aumento muito superior ao dos salários da população inglesa, que cresceram 186% no mesmo período.
- Nas últimas décadas vimos um aumento em massa nos pagamentos dos jogadores. Isto fez com que os níveis de dívidas nos clubes aumentassem - disse o autor das estatísticas, Dave Boyle.
Segundo o estudo, que só conta os salários base e não contabiliza as gratificações por objetivos atingidos pelos atletas, os pagamentos dos jogadores passaram de 48% para 70% do faturamento dos clubes, provocando graves problemas financeiros nas equipes inglesas.
Os clubes da Inglaterra acumulam 56% da dívida das equipes grandes da Europa, e metade das instituições foram insolventes nas duas últimas décadas. Isto fez também com que os torcedores sofressem com o aumento dos preços dos ingressos, que se multiplicaram em até 10 vezes. Se em 1989 as entradas mais baratas para ver o Liverpool e o Arsenal custavam 4 e 5 libras (R$ 12 e R$ 15), uma partida em Anfield e no Emirates Stadium custa atualmente entre 45 e 51 libras (R$ 142 e R$ 161).
Com este estudo, Nick Isles, diretor do "High Pay Centre", espera que os gastos com salários dos atletas sejam revistos.
- Talvez, seja o momento de colocar freio nesta escalada dos salários. Pedimos um debate para vermos se é justo pagar não só os jogadores desta forma, mas diretores de empresas e bancos também - encerrou Isles.

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