Demorou para chegar o grande dia, mas quando chegou, veio com estilo.
A primeira conquista de Libertadores pelo Corinthians - sacramentada
nesta quarta-feira após vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors, no
Pacaembu - já seria marcante para o torcedor Fiel. Mas o fato de ela ser
invicta, a torna ainda mais especial. Ao longo da competição foram 14
jogos, e os comandados de Tite entenderam bem o “espírito Libertadores”
de não perder pontos.
E se engana quem pensa que foi fácil ser
imbatível ao longo da competição. Em alguns jogos o Timão se salvou por
um triz. A começar pela estreia na Venezuela, contra o Deportivo
Táchira, quando Ralf só evitou a derrota no último minuto. A trave foi
amiga nos jogos de ida das oitavas contra o Emelec (ECU) e da final
contra o Boca Juniors (ARG).
Com nenhuma derrota na conta e
a taça na mão, o Timão entra para história da Copa Santander
Libertadores, em um seleto grupo de campeões invictos. Antes, apenas
Penãrol (URU), Santos, Independiente (ARG), Estudiantes (ARG), por duas
vezes, e Boca Juniors (ARG) conseguiram a façanha. Cada um teve seu
mérito, mas é preciso lembrar que o caminho até o topo da América era
mais curto em tempos passados.
Nas campanhas invictas de Santos em
1963, Estudiantes (ARG) 1969 e 1970 e Boca Juniors (ARG) em 1978, os
campeões começaram a Libertadores de cara na semifinal. Beneficiados
pelo regulamento da época que previa esta regalia aos vencedores de
edições anteriores, Santos e Estudiantes (ARG) fizeram apenas quatro
partidas para levantarem o caneco. O Boca Juniors (ARG) precisou de seis
partidas.
Peñarol (URU), em 1960, e Independiente (ARG), em 1964,
jogaram mais fases até o título, mesmo assim, menos jogos que o Timão
em 2012. Os uruguaios conquistaram a primeira edição da competição
depois de sete confrontos sem perder, já os argentinos chegaram ao
triunfo com oito jogos invictos.
A maioria dos jogadores
corintianos adotam o discurso de que o importante não é como, mas sim,
ser campeão. De qualquer forma reconhecem que fizeram história.
– É
bacana isso. Com marcas assim você entra para a história do clube. A
gente quer sempre estar fazendo história. Daqui a 100, 200 anos, ainda
vão lembrar desse time que trouxe a primeira Libertadores, e de forma
invicta – disse o zagueiro Chicão, um dos líderes do grupo.
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