Um tribunal egípcio condenou neste sábado à pena de morte 21 pessoas
acusadas de estarem envolvidas nos atos violentos que deixaram 74 mortos
no ano passado após uma partida de futebol em Port Said, no noroeste do
país. O veredicto desencadeou confrontos que provocaram a morte de dois
policiais, cinco civis e 150 feridos.
Em fevereiro de 2012, 74
pessoas morreram em Port Said após uma partida de futebol entre o Al
Ahly, maior clube do país e cuja sede fica no Cairo, e uma equipe local,
o Al-Masry. A maior parte das vítimas fatas eram torcedores do time da capital.
Segundo uma fonte dos serviços de segurança, os dois agentes faleceram
nos confrontos registrados logo após a divulgação da sentença. Além
deles, segundo a agência de notícias “EFE”, que cita o diretor do
departamento de hospitais de Port Said, Abderrahman Farah, cinco civis
também morreram. Das sete vítimas, cinco teriam morrido com armas de
fogo e outras duas "por outros motivos".
A rede de televisão pública do país, por sua vez, informou que mais de
50 pessoas ficaram feridas depois que familiares e amigos dos condenados
tentaram invadir a prisão na qual se encontram presos.
Esta tragédia, a maior do futebol egípcio (assista no vídeo abaixo), ocorreu no estádio de Port Said, depois que o Al-Ahly sofreu sua primeira derrota da temporada para o Al-Masry (3 a 1).
Centenas de seguidores do Al-Masry invadiram o campo e lançaram pedras e garrafas contra os do Al-Ahly.
Nos dias posteriores, milhares de pessoas protestaram contra as forças
de segurança e a violência entre policiais e manifestantes deixou 16
mortos no Cairo e em Suez.
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