Uma aula de futebol. Assim pode ser definida a vitória maiúscula do
Bayern de Munique por 4 a 0 sobre o Barcelona, nesta terça-feira, na
Allianz Arena, pelo primeiro jogo da semifinal da Liga dos Campeões.
Müller, duas vezes, Mario Gomez e Robben marcaram os gols da goleada
alemã.
O Barcelona não sabia o que era ser derrotado por quatro gols de diferença desde o revés para o Getafe, na Copa do Rei de 2007.
Agora, os espanhóis precisam vencer por cinco gols de diferença para
conseguirem o milagre de eliminarem o adversário. Os alemães podem
perder por três gols, que mesmo assim avançam à final da Champions, que
será disputada em Wempley, em Londres. Seria o segundo ano consecutivo
na decisão - em 2012 foi vice-campeão para o Chelsea.
O JOGO
Contando
com o apoio da torcida, o Bayern partiu para cima do adversário. E logo
no primeiro ataque quase abriu o placar com Robben, após troca rápida
de passes. Por falar em rapidez, o time alemão usou e abusou desse
recurso na etapa inicial. Com uma equipe compacta e leve, sobretudo no
meio de campo, o campeão da Alemanha na temporada tinha boa atuação na
defesa e no ataque.
Mesmo com Messi em campo, era notório que o
Barcelona, mesmo com sua qualidade indiscutível, encontrava dificuldades
para impor seu estilo de jogo. Talvez fosse a tradicional paciência
para definir o duelo na hora certa. Mas não. O time catalão, afetado por
contusões e duelos mais desgastantes na fase mata-mata da Liga dos
Campeões, parecia sentir o rival mais inteiro.
Não à toa que o Bayern teve as principais chances de gol no primeiro
tempo. Em uma delas, após cruzamento de Robben, o brasileiro Dante
escorou de cabeça e Müller, aproveitando desatenção de Piqué, abriu o
placar para os donos da casa. A vantagem fez o Barça sair um pouco mais
para o jogo. Messi só não empatou, na chance mais clara do time
visitante, porque Dante evitou a finalização na hora certa.
O
cenário, que já não era favorável aos espanhóis, piorou logo aos três
minutos do segundo tempo. Após cobrança de escanteio, Müller escorou
para Mario Gomez, impedido, marcar o segundo gol dos donos da casa.
Apesar de ainda ter maior posse de bola mesmo com o adversário sobrando,
o Barcelona tinha dificuldades de penetrar na defesa alemã.
Já o
Bayern, com uma boa vantagem na mão, usava a inteligência para sair em
velocidade nos contra-ataques e continuar assustando. Contudo, o maior
mérito da dupla Martínez e Schweinsteiger era a anulação de Iniesta e
Xavi, muito bem marcados e pouco inspirados. Além disso, Messi, que era
dúvida antes do duelo, não tinha liberdade e não estava em tarde
inspirada.
Sabedor da importância de não levar gols em casa com
dois gols de frente, o técnico Jupp Heynckes resolveu colocar o
brasileiro Luiz Gustavo para dar maior proteção ao sistema defensivo.
Apesar do "recuo", o Bayern chegou ao terceiro em uma bela jogada. Em
troca de passes envolventes, Schweinsteiger encontrou Robben. O holandês
passou por Jordi Alba e tocou na saída de Valdés.
A Allianz Arena, que está estava em festa, foi à loucura com o quarto
gol, marcado por Müller. Nocauteado, como há muito não se via, o
Barcelona não esboçou qualquer reação. A verdade é que o segundo jogo
passa a ser, na teoria, mera formalidade. Ao que parece, a nova era do
futebol tem tudo para ser do Bayern.
FICHA TÉCNICA:
BAYERN DE MUNIQUE 4 x 0 BARCELONA
Competição: Liga dos Campeões
Local: Allianz Arena, Munique (ALE)
Data/hora: 23/04/2013, às 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Viktor Kassai (HUN)
Assistentes: Robert Kispal (HUN) e Gabor Erös (HUN)
Cartões Amarelos: Mario Gomez, Schweinsteiger e Javi Martínez (BAY); Bartra, Jordi Alba, Iniesta e Alexis Sánchez (BAR)
Gols: Müller - 24'/1ºT (1-0), Mario Gomez - 3'/2ºT (2-0), Robben - 27'/2ºT (3-0) e Müller - 38'/2ºT (4-0)
BAYERN DE MUNIQUE:
Neuer, Lahm, Boateng, Dante e Alaba; Javi Martínez, Schweinsteiger,
Robben, Müller (Pizarro - 38'/2ºT) e Ribéry (Shaqiri - 44'/2ºT); Mario
Gomez (Luiz Gustavo - 25'/2ºT). Técnico: Jupp Heynckes.
BARCELONA:
Valdés, Daniel Alves, Piqué, Bartra e Jordi Alba; Busquets, Xavi e
Iniesta; Pedro (David Villa - 38'/2ºT), Messi e Alexis Sánchez. Técnico: Tito Vilanova.
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