
Das 11 empresas que apresentaram seus sistemas, apenas duas foram
aprovadas. Em ambos os casos, dispositivos emitirão um alerta
instantâneo aos árbitros assim que a bola ultrapassar a linha do gol.
- Os dois sistemas serão testados no Mundial de Clubes da Fifa. A
tecnologia aprovada, se não houver erros, será usado na Copa das
Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014 – disse o secretaio-geral
da Fifa, Jérôme Valcke.
As duas empresas apresentaram suas tecnologias na Soceerex. Apesar de o
objetivo ser o mesmo, os meios são diferentes. No caso da alemã
Fraunhofer, um campo magnético será criado após a linha do gol.
- Esse campo magnético capta quando a bola ultrapassa a linha do gol e,
em frações de segundo, emite um alerta para um relógio, que será usado
pelos árbitros – explicou o representante da Fraunhofer, Thomas
Pellkufer.
Já a tecnologia inglesa aposta nas câmeras. Sete delas serão instaladas
nas traves. Em caso de dúvida se a bola ultrapassou a linha do gol, as
imagens de cada uma das câmeras serão processadas e formarão uma imagem
em 3D.
- Até mesmo se a posição do goleiro encobrir a bola, o sistema é capaz
de detectar se ela ultrapassou a linha do gol, já que conseguimos
retirar a imagem do goleiro. Tudo isso em mais ou menos um segundo,
quando o árbitro receberá o alerta do gol, se for o caso. Nunca houve
uma simulação em que não conseguimos encontrar a bola. Quem tem que
decidir o jogo são os jogadores, e nunca os árbitros – explicou o Paul
Hawking, da empresa Kawk-Eye.
A decisão do uso do chip em bolas não torna a ação obrigatória, e as
confederações nacionais estão livres para colocarem em prática ou não a
nova regra. Jérôme Valcke, porém, disse que a Fifa deixará a tecnologia
como legado para o Brasil nos 12 estádios da Copa de 2014.
Presente a um debate na Soccerex sobre o uso da tecnologia no futebol, o
ex-goleiro Víctor Baía, da seleção de Portugal, defendou os sistemas
que comprovam se a bola ultrapassou ou não a linha do gol e cutucou Fifa
e Uefa pela demora nos testes com tecnologia.
- Uefa e Fifa são grandes organizações, mas estão muito atrasadas em
relação a tecnologia. Ela não vai tirar a emoção do esporte. Dará mais
credibilidade e honestidade nas decisões. Perde-se muito tempo de jogos
discutindo arbitragem.
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