A baiana Adriana Araújo perdeu, na manhã desta quarta-feira, para a
russa Sofya Ochigava por 17 a 11, na categoria peso leve (até 60kg) na
primeira participação do boxe feminino em Olimpíadas e levou o bronze,
garantindo a centésima medalha do Brasil na história dos Jogos
Olímpicos.
Adriana também igualou o feito de Servílio de
Oliveira, que conquistou a medalha de bronze nos Jogos da Cidade do
México, em 1968. Até então, a conquista de Servílio era a única do boxe
brasileiro em Olimpíadas.
Adriana foi derrotada por Ochigava no Campeonato Mundial, no início
do ano, e talvez por isso começou a luta trabalhando a defesa e se
movimentando bastante. O primeiro round foi muito equilibrado e o placar
confirmou isso: 3 a 3. No segundo round, a russa tomou a iniciativa do
combate e abusou da velocidade nos golpes, enquanto Adriana tentava
manter a estratégia. No fim, vitória russa por 5 a 3.
No terceiro
round, Adriana partiu para cima de Ochigava para recuperar os dois
pontos de desvantagem no placar, mas a russa provocou o clinche por duas
vezes, parando a luta, e aproveitou os contragolpes para pontuar, o que
deu certo: vitória por 5 a 3 no período e 13 a 9 no placar geral.
No
último round, a brasileira buscou o ataque, mas a desvantagem era muito
grande e Ochigava aproveitou, passando a administrar a luta e usando a
experiência para pontuar. Mais um round vencido pela russa: 4 a 2.
Na
disputa pela medalha de ouro, Sofya Ochigava vai reeditar a final do
último Campeonato Mundial da categoria, diante da irlandesa Katie
Taylor, que a venceu na ocasião e tem quatro títulos mundiais e cinco
europeus no currículo. A outra medalha de bronze ficou com a tadjique
Mavzuna Chorieva, derrotada pela irlandesa por 17 a 9 na outra
semifinal.
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