Em 1996, na cidade de Atlanta (EUA), o futebol feminino ensaiava seus
primeiros passos olímpicos com o Brasil, quarto colocado, dando sinais
de que poderia em futuro breve ser uma potência da modalidade. Na
primeira fase, a equipe empataria com as fortes Alemanha e Noruega e
venceria por 2 a 0 o time de segunda pior campanha no torneio: o Japão.
Agora,
16 anos depois, os países se encontram pela segunda vez na história da
competição e o cenário é outro. As brasileiras de fato ganharam corpo e
faturaram a medalha de prata nas duas últimas edições. Porém, as
asiáticas cresceram em grau avassalador e são nada menos que as atuais
campeãs do mundo.
Nesta sexta, às 13h (de Brasília),Brasil e Japão fazem em Cardiff, no País de Gales, o que promete ser o
mais equilibrado dos confrontos das quartas de final. Ainda que em abril
último a seleção do técnico Jorge Barcellos tenha levado uma goleada
por 4 a 1 das rivais, o duelo deve reservar fortes emoções. A começar
pelo embate entre Marta, eleita cinco vezes consecutivas a melhor
jogadora do mundo, e Sawa, que, após ser campeã e artilheiro do Mundial
da Alemanha, quebrou a série da brasileira e levou a premiação concedida
pela Fifa no início do ano.
As duas equipes ficaram longe do brilhantismo na primeira fase e
terminaram em segundo lugar nos seus grupos. A derrota para o Reino
Unido na última rodada irritou o técnico Jorge Barcellos, que acha
necessário o time "todo melhorar muito" para eliminar as japonesas. Por
sua vez, o treinador japonês, Norio Sasaki, admitiu que jogou pela
empate com a África do Sul para que o time permanecesse atuando em
Cardiff. Nesta sexta veremos qual deles acertou no seu pensamento.
Antes e depois
Olimpíada 1996
Na primeira edição com o futebol feminino presente, em Atlanta, o Brasil pegou o Japão na primeira fase. Com Formiga, que está no atual time, e gols de Katia e Pretinha, a equipe venceu as asiáticas, que terminaram na lanterna com três derrotas.
Na primeira edição com o futebol feminino presente, em Atlanta, o Brasil pegou o Japão na primeira fase. Com Formiga, que está no atual time, e gols de Katia e Pretinha, a equipe venceu as asiáticas, que terminaram na lanterna com três derrotas.
Copa Kirin 2012
Com pompa de campeão do mundo, o Japão atropela o Brasil por 4 a 1 e dá demonstração de sua atual força.
Com pompa de campeão do mundo, o Japão atropela o Brasil por 4 a 1 e dá demonstração de sua atual força.
Veterano goleira é a esperança em penalidades
A
veterana goleira Andreia Suntaque é um símbolo da equipe que tenta o
inédito ouro. Aos 34 anos, a mais velha jogadora do grupo está na sua
quarta disputa olímpica e pode ser vital no confronto de hoje. O
equilíbrio entre brasileiras e japonesas abre a possibilidade de uma
decisão por pênaltis.
E nesse quesito ela entra com moral, já que
no último jogo da fase de grupos, contra o Reino Unido, ela defendeu um
pênalti. A derrota por 1 a 0, na ocasião, fez a jogadora lamentar
bastante, pois forçou esse precoce duelo com as atuais campeãs do mundo.
Porém, Andreia está acostumada a dar voltas por cima. Nos Jogos de
Pequim, em 2008, perdeu a posição para Bárbara durante o torneio. E
agora, na edição seguinte, já é de novo a dona da vaga.
- É das
derrotas que se tiram grandes lições. Temos que jogar mais em conjunto,
ainda mais contra o Japão, que coloca a bola no chão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário