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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Antes frágeis e hoje campeãs, japonesas são desafio no caminho do sonhado ouro

Em 1996, na cidade de Atlanta (EUA), o futebol feminino ensaiava seus primeiros passos olímpicos com o Brasil, quarto colocado, dando sinais de que poderia em futuro breve ser uma potência da modalidade. Na primeira fase, a equipe empataria com as fortes Alemanha e Noruega e venceria por 2 a 0 o time de segunda pior campanha no torneio: o Japão.
Agora, 16 anos depois, os países se encontram pela segunda vez na história da competição  e o cenário é outro. As brasileiras de fato  ganharam corpo e faturaram a medalha de prata nas duas últimas edições. Porém, as asiáticas cresceram em grau avassalador e são nada menos que as atuais campeãs do mundo.
Nesta sexta, às 13h (de Brasília),Brasil e Japão fazem em Cardiff, no País de Gales, o que promete ser o mais equilibrado dos confrontos das quartas de final. Ainda que em abril último a seleção do técnico Jorge Barcellos  tenha levado uma goleada por 4 a 1 das rivais, o duelo deve reservar fortes emoções. A começar pelo embate entre Marta, eleita cinco vezes consecutivas a melhor jogadora do mundo, e Sawa, que, após ser campeã e artilheiro do Mundial da Alemanha, quebrou a série da brasileira e levou a premiação concedida pela Fifa no início do ano.
As duas equipes ficaram longe do brilhantismo na primeira fase e terminaram em segundo lugar nos seus grupos. A derrota para o Reino Unido na última rodada irritou o técnico Jorge Barcellos, que acha necessário o time "todo melhorar muito" para eliminar as japonesas. Por sua vez, o treinador japonês, Norio Sasaki, admitiu que jogou pela empate com a África do Sul para que o time permanecesse atuando em Cardiff. Nesta sexta veremos qual deles  acertou no seu pensamento.
 
Antes e depois
Olimpíada 1996
Na primeira edição com o futebol feminino presente, em Atlanta, o Brasil pegou o Japão  na primeira fase. Com Formiga, que está no atual time, e gols de Katia e Pretinha, a equipe venceu as asiáticas, que terminaram na lanterna com três derrotas.  
Copa Kirin 2012
Com pompa de campeão do mundo, o Japão atropela o Brasil por 4 a 1 e dá demonstração de sua atual força.
Veterano goleira é a esperança em penalidades
A veterana goleira Andreia Suntaque é um símbolo da equipe que tenta o inédito ouro. Aos 34 anos, a mais velha jogadora do grupo está na sua quarta disputa olímpica e pode ser vital no confronto de hoje.  O equilíbrio entre brasileiras e japonesas abre a possibilidade de uma decisão por pênaltis.
E nesse quesito ela entra com moral, já que no último jogo da fase de grupos, contra o Reino Unido, ela defendeu um pênalti. A derrota por 1 a 0, na ocasião, fez a jogadora lamentar bastante, pois forçou esse precoce duelo com as atuais campeãs do mundo. Porém, Andreia está acostumada a dar voltas por cima. Nos Jogos de Pequim, em 2008, perdeu a posição para Bárbara durante o torneio. E agora, na edição seguinte, já é de novo a dona da vaga.
- É das derrotas que se tiram grandes lições. Temos que jogar mais em conjunto, ainda mais contra o Japão,  que coloca a bola no chão.


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