A Associação Internacional de Boxe (Aiba) não irá rever o resultado da
final olímpica dos pesos-médios, em que Esquiva Falcão ficou com a
medalha de prata após ser derrotado pelo japonês Ryota Murata por 14 a 13. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ainda não recebeu uma resposta oficial sobre seu protesto, feito após o árbitro polonês da luta admitir que errou ao punir o pugilista brasileiro. No entanto, o GLOBOESPORTE.COM obteve a confirmação de que a entidade não aceitou o recurso.
De acordo com o regulamento da Aiba, o protesto pode ser feito apenas
até 30 minutos após o término da luta e, no máximo, em até cinco minutos
no caso de finais. Em contato por e-mail, o diretor de comunicação da
instituição, Sébastien Gillot, explicou novamente a regra e afirmou que
não há exceções após o vencimento deste período .
"Caso passe o prazo, a decisão final é mantida, e nenhum protesto pode ser aceito", diz o comunicado.
Através de sua assessoria de imprensa, o COB afirmou que tinha total
conhecimento do regulamento, mas que achou necessário defender os
interesses do atleta nacional após a divulgação de novos fatos. Após a
luta, o
juiz polonês Mariusz Gorny admitiu ao oficial Jones Kennedy, primeiro
brasileiro a arbitrar no boxe em Olimpíadas, que a punição por excesso
de contato físico definiu o resultado do combate (ouro para Murata,
prata para Esquiva). Gorny achava que o atleta do Brasil não seria tão
prejudicado pela penalidade. No entanto, o japonês ganhou dois pontos,
venceu a luta por uma diferença de apenas um (14 a 13) e ficou com o
título em Londres.
Mesmo sem o título olímpico, Esquiva entrou para a história do boxe
brasileiro. Com a prata, ele é dono do melhor desempenho de um pugilista
do país em Jogos Olímpicos. Em Londres, o irmão Yamaguchi e Adriana
Araújo repetiram o feito de Servílio de Oliveira em 1968 e conquistaram o
bronze.
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