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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Barça supera o Real no jogo de ida da final da Supercopa

No primeiro grande teste de Tito Vilanova no comando do Barcelona, o time passou, mas com algumas ressalvas. O placar apertado de 3 a 2 mostra que os novos culés têm algumas diferenças e deficiências em relação àquela equipe que fez História sob a batuta de Pep Guardiola.
A pior delas foi de Victor Valdés. Quando o jogo estava 3 a 1 para o time da casa, o goleiro permitiu que Di María lhe roubasse a bola na pequena área e marcasse o segundo gol dos visitantes, que voltaram à disputa.
Mesmo com as falhas do Barça, o Real Madrid, que abriu o placar mas sofreu a virada após se sacrificar muito no segundo tempo, terá que vencer por dois gols de diferença no jogo de volta para conseguir o título da Supercopa.
O jogo de volta será disputado no Santiago Bernabéu, casa merengue, no próximo dia 27 de agosto.
PRIMEIRA ETAPA
MOBILE - Barcelona x Real Madrid - Messi e Khedira (Foto: Gustau Nacarino/Reuters)
O primeiro clássico diante do arquirrival Real Madrid mostrou que o Barça terá poucas diferenças em relação à época de Guardiola. Afinal, o time ainda mantém a posse de bola, segue marcando sob pressão e também continua tendo no talento dos meias Xavi e Iniesta seu grande trunfo para liberar os atacantes.
A grande diferença, no entanto, está na paciência do time. Ou melhor, na falta de paciência. O Barcelona de Vilanova é urgente, troca passes com mais rapidez e busca as brechas de forma mais agressiva. Essa é uma via de duas mãos. Enquanto o Real esteve perdido em alguns momentos, tentando lidar com um rival mais rápido e impaciente, os Merengues também conseguiram algumas oportunidades
Os erros de passes, tão incomuns no "antigo Barça", apareceram aos montes no primeiro tempo. Um deles permitiu que Benzema avançasse pela direita e quase marcasse o primeiro gol. Antes, Messi também perdeu duas boas chances de vazar Casillas.
Apesar da grande chance merengue ser pelo lado direito, os visitantes investiram mais pela esquerda. Afinal, era ali que estava o grande craque do time, Cristiano Ronaldo.
Ao contrário do rival Messi, o luso pouco apareceu e parecia acometido com a "síndrome de Ronaldinho" e fincou bandeira do lado esquerdo, só chegando com perigo em uma jogada individual, quando entortou Daniel Alves, mas cruzou errado.
SEGUNDO TEMPO
A segunda etapa veio com a confirmação de mais uma diferença entre os dois treinadores. Se sob a batuta de Guardiola, o volante Busquets ficava mais preso à marcação, com Vilanova, o espanhol tem mais liberdade para chegar ao ataque como uma espécie de elemento surpresa.
Em uma de suas chegadas, Busquets foi violentamente parado por Raúl Albiol, substituto de Pepe, que se machucou contra o Valencia na estreia do Campeonato Espanhol. A falta parece ter desencadeado uma série de eventos que fez o jogo pegar fogo.
Pouco depois, CR7 mostrou que não é preciso sair da esquerda para brilhar. O luso fez linda jogada por ali, inverteu para Callejón, que conseguiu um escanteio.
Özil cobrou na cabeça de Ronaldo, que mostrou de forma flagrante uma das poucas vantagens que tem sobre Messi, fazendo um cabeceio perfeito e abrindo o placar. Foi o quarto clássico seguido que CR7 deixou sua marca.
Dois minutos depois, Mascherano, que parece ter virado mesmo zagueiro, lançou Pedro. O atacante, em posição duvidosa, empatou, tirando o gostinho da vantagem da boca do rival.
Logo em seguida, Ronaldo avançou novamente pela esquerda e cruzou na direção de Özil, buscando a retribuição. O alemão ia deixando a bola para Benzema, mas a zaga do Barça impediu que a bola chegasse ao atacante francês.
Sentindo o bom momento, o Real passou a usar uma das grandes armas do Barça contra ele mesmo - a marcação sob pressão. O adiantamento dos marcadores permitiu que os visitantes tivessem boas chances, principalmente com Higuaín, que recebeu belo lançamento de Özil, tirou Adriano, mas foi travado.
Aos poucos, porém, o Barça foi percebendo o cansaço do rival e voltou a ter o controle do jogo. Iniesta avançou pela área na direita, tirou Ramos, que deixou a perna. Pênalti claro muito bem batido por Lionel Messi, que virou o jogo e marcou seu 14º gol em clássicos contra o Real Madrid, igualando o ídolo César Rodríguez.
Valentes, os visitantes seguiram pressionando os anfitriões e o jogo se manteve em bom ritmo. O cansaço do Real, porém, permitiu que o time abrisse sua defesa e permitido o belo gol de Xavi, após linda jogada de Iniesta.
O Real conseguiu salvar um pouco de sua dignidade graças a falha bisonha de Valdés. O goleiro do Barça recebeu a bola tranquilamente, se enrolou com a marcação de Di María e foi desarmado. Bastou ao argentino tocar para a rede vazia.
Péssimo para o Barcelona e ótimo para o espetáculo e para o Real Madrid. O jogo de volta promete ainda mais emoção.
FICHA TÉCNICA
BARCELONA 3x2 REAL MADRID
Local: Camp Nou, Barcelona (ESP)
Data-Hora: 23/08/2012 - 17h30 (de Brasília)
Árbitro: Carlos Clos Gómez (ESP)
Cartões amarelos: Xabi Alonso, Arbeloa, Albiol (RMA)
Cartões vermelhos:
Gols: Ronaldo (9' do 2º tempo), Pedro (11' do 2º tempo), Messi (24' do 2º tempo), Xavi (32' do 2º tempo), Di María (39' do 2º tempo)
BARCELONA: Valdés, Dani Alves, Piqué, Mascherano e Adriano; Busquets, Xavi (Fàbregas - 37' do 2º tempo) e Iniesta; Pedro (Jordi Alba - 41' do 2º tempo), Alexis (Tello - 26' do 2º tempo) e Messi Técnico: Tito Vilanova
REAL MADRID: Casillas, Arbeloa, Sergio Ramos, Albiol e Coentrão; Xabi Alonso, Khedira, Özil (Marcelo - 36' do 2º tempo) e Callejón (Di María - 21' do 2º tempo); Ronaldo e Benzema (Higuaín - 15' do 2º tempo) Técnico: José Mourinho

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