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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

7 Pecados: Sport teve 'preguiça' para montar elenco para o Brasileirão

sport treino (Foto: Aldo Carneiro / GloboEsporte.com) Falta de capricho, de empenho, desleixo, morosidade, lentidão e moleza. Adjetivos que, juntos, geram um dos principais pecados capitais que alguém pode cometer: a preguiça. Aos olhos da torcida do Sport, esse foi um dos fatores fundamentais para que o clube caísse para a Série B. As queixas não foram direcionadas aos jogadores, que demonstraram garra em campo na reta final, mas aos dirigentes que, por conta da disputa do Campeonato Pernambucano, demoraram a formular o elenco para a mais difícil competição do futebol nacional.
Nas primeiras negociações, tudo levava a crer que o clube conseguiria uma reformulação do elenco rapidamente. Antes mesmo do término do Estadual, o atacante Felipe Azevedo, o lateral-esquerdo Reinaldo e o zagueiro Diego Ivo (que acabaram a temporada como titulares), já tinham sido contratados. Porém, após isso, a agilidade “abandonou” a Ilha do Retiro.
A falta de dinâmica na abertura do mercado, fez com que boa parte do elenco fosse montado no decorrer da competição. Dos 12 contratados, três chegaram ao clube só em junho, quatro em julho e dois - Diogo e Lenon, que nem estrearam pelo clube, em setembro.
Situação que foi criticada até mesmo pelo meio-campo Hugo, que destacou a lentidão para formar a equipe como um dos principais fatores que levaram o clube ao rebaixamento.
- Cada um tem um pouco de culpa pelo que aconteceu no Sport. Até em relação à montagem do grupo. Algumas peças só chegaram depois do campeonato ter começado. Eu mesmo só tive condições de jogar depois e Mancini teve problemas.
Sem nomes no mercado nacional, o jeito foi investir em atletas que estavam “esquecidos” em países sem muita tradição no futebol ou não viviam um bom momento em seus clubes.
Neste sentido, chegaram Cicinho, Henrique, Hugo, Gilsinho, Felipe Menezes e Gilberto. Um grupo que, no papel, formaria um bom time. Porém, a falta de ritmo de jogo fez o clube sofrer durante praticamente toda a competição. Ao todo, foram 21 rodadas na zona de rebaixamento.
A lentidão na formação do elenco prejudicou o trabalho do técnico Vágner Mancini, que em 15 jogos à frente do Leão, conseguiu apenas três vitórias. Porém, a estadia do treinador também evidenciou a falta de rapidez nas decisões do clube.
Nos últimos sete jogos de sua passagem pelo Rubro-negro, o ex-comandante leonino só conseguiu somar apenas dois pontos contra adversários que também lutava contra o rebaixamento, Atlético-GO e Ponte Preta. Contudo, apesar da má campanha, a cúpula do futebol preferiu deixar para a última rodada do primeiro turno a decisão de tirá-lo do comando do time.
Com pouco tempo para encontrar um substituto, os dirigentes tentaram acelerar a contratação de um novo treinador. O escolhido para tirar o Sport foi o técnico Waldemar Lemos. Assim que chegou, o novo comandante afirmou que esperava contar com alguns reforços. Mas só recebeu Lenon e Diogo, contratado no último dia da janela de transferências.
Sem conseguir melhorar o rendimento da equipe, Waldemar lemos acabou sendo demitido após dez jogos, onde o treinador só conquistou apenas três vitórias.
O prejuízo causado pela demora ficou evidente após a chegada de Sérgio Guedes, que conseguiu fazer com que a equipe começasse a jogar um bom futebol. O entrosamento tardio levou o clube a ter esperanças em deixar a zona de rebaixamento, mas a arrancada foi insuficiente para livrar o clube da degola.

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